sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Futgolf, um esporte para todos

Um novo esporte está crescendo e sendo difundido pelo mundo. Nascido na Europa, sem um local determinado, essa atividade apareceu da década de 94 e, desde então, se espalhou pelo continente e até fora dele. O nome desse esporte? Futgolf. O nome desperta interesse, tanto que está bem disseminado em vários países.

O futgolf é um esporte simples que não exige nenhuma técnica específica e nenhum equipamento, além da bola de futebol. O desporto segue duas vertentes: uma familiar, onde pais, filhos e avós jogam juntos e se divertem; a outra é praticada por aqueles que já têm um melhor preparo, onde os percursos e dificuldades são maiores.

Como dito anteriormente, a origem é incerta, mas a conversão da atividade em um esporte de pleno direito ocorreu na Holanda. Lá, um conjunto de regras foi padronizado e o jogo, internacionalmente, divulgado. Hoje, o esporte é praticado na Holanda, Alemanha, Suécia, Dinamarca, Argentina, Estados Unidos, Inglaterra, Hungria, Noruega, Panamá, Porto Rico, Portugal, México e, claro, no Brasil. De todos os países citados só um não tem associação, o Panamá. A primeira associação nasceu em 2007, com o nome WFGA Footballgolf Association - entidade com sede na Suécia e representada por Alemanha, Dinamarca e Suécia.

O primeiro campo oficial no Brasil, com 18 buracos, foi montado em um SPA no interior do estado de São Paulo, em Itu, no Itu Garden Spa. A iniciativa surgiu, principalmente, de duas pessoas: Robby Moreno, 62, que praticamente trouxe o Futgolf para o País e Caio Gaiane, 51, um dos sócios do Itu Garden Spa. O campo foi inaugurado em fevereiro de 2013 em um evento fechado para cinqüenta pessoas, entre elas, dois jogadores do São Paulo Futebol Clube, o lateral direito, Douglas Pereira dos Santos e o zagueiro, Rafael Toloi.

As características do Futgolf o torna uma atividade indicada para todas as idades e ambos os sexos, não exigindo treinamento ou equipamento, além de unir as pessoas, ser divertido e fazer bem a saúde, por isso é tão abrangente. De acordo com Robby, o País conta com cerca de 300 praticantes do desporto. Na Europa, o último campeonato mundial reuniu aproximadamente 300 jogadores, ou seja, a proporção de praticantes daqui iguala-se a concentração do mundial de lá.

As regras do jogo são simples e muito similares às do golfe em si, entre elas o número de buracos, as definições do campo (tee, fairway e green) e a pontuação. No site da A.P.F.G (Associação Paulista de Futgolf) tem mais detalhes das regras, além de informações sobre o esporte, o ranking atual e calendário dos próximos torneios. É válido lembrar que qualquer pessoa pode participar dos campeonatos, pois não existe ‘handicap’ (classificação) para se inscrever.

A equipe da A.P.F.G está sempre a disposição para atender os interessados. Telefone: (11) 3088-7570 / 3085-3844 / 9 9157-7002. Email: contato@futgolfsp.com.br

Saulo e João na disputa
Robby Moreno
João faz o 'par' do buraco



quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Editorial

A limpeza continua


Em ao menos cinco edições seguidas a revista Veja tratou, incisivamente, sobre a operação Lava Jato que está desmantelando a rede de corrupção dentro da maior empresa do Brasil, a Petrobras. Fez um trabalho com propriedade, apontou todos os envolvidos, puxando seus passos e funções dentro e fora da Petrobras, montou gráficos explicativos muito bem elucidados, destacou emails enviados com os devidos destaques, além de descrever o caso em si de forma clara.

A cada dia que a operação avança, novos nomes de envolvidos aparecem e, também, valores desviados aumentam na proporção de bilhões. O ex-gerente, Pedro Barusco, prometeu devolver nada mais que 100 milhões de dólares, cerca de R$ 250 milhões. Detalhe, ele era apenas um gerente, imagine quanto seus superiores devem ter desviado. No mensalão, tudo começou com um vídeo em que Maurício Marinho, chefe de um departamento dos Correios, embolsava R$ 3000,00. Já Roberto Jefferson, delator do mensalão, recebeu R$ 4 milhões dos cofres mensaleiros. Tais cifras se tornaram insignificantes perto do que já foi descoberto no ‘Petrolão’ e “são dignas de juizado de pequenas causas”, ironizou o ministro do STF, Gilmar Mendes.

Até a última semana, na sétima fase da operação Lava Jato, da Polícia Federal, vinte e cinco envolvidos já haviam sido presos, a maioria grandes executivos da Petrobras. Onze já foram liberados após prestarem depoimentos, mas estão impedidos de deixar o país. Os nomes daqueles que continuam encarcerados e suas respectivas empresas e cargos podem ser vistos aqui.

A revista Veja também listou a artilharia de advogados dos empreiteiros que estão entre os beneficiados do ‘propinoduto’. Todos (empreiteiros) têm uma desculpa para tentar sair da ‘linha de tiro’, afinal, dividir um cárcere de 6 m² entre doze não deve ser muito agradável. Ainda mais para estes figurões que têm mansões que chegam a bater os R$ 7,5 milhões.

Na época do mensalão dizia-se que o STF (Supremo Tibunal Federal) nunca havia julgado um caso tão grande com tantos réus. A cena e as palavras voltam a se repetir: “Nunca houve o julgamento de um caso de tamanha proporção com tantos réus”. E esse número há de crescer!

A justiça parece estar fazendo seu trabalho, esperamos que o continue e, realmente, puna todos os acusados, se assim forem reconhecidos. Estamos acompanhando!

A maior empresa do País está às avessas



quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Arte, cultura, história e beleza se encontram

Entre os dias 14 a 16 de novembro, o Espaço Fábrica São Luiz recebeu a 9ª Mostra de Orquídeas & Cultura. Um evento que, além de mais de 350 espécies de orquídeas, totalizando 2500 vasos, reunia também insumos, peças artesanais feitas a barro, pinturas, móveis de madeira e presépios.

De acordo com os organizadores, cerca de mil pessoas visitavam o local diariamente, tanto para apreciar, quanto para adquirir os produtos expostos. Na 9ª Mostra de Orquídeas & Cultura foi possível se encantar com as diversas espécies, cores, formatos e perfumes e, também, se surpreender com algumas histórias.

Na sala de presépios, por exemplo, o que impressionava era a diversidade de arte em apenas um local. Em um dos cenários, os personagens presentes no nascimento de Jesus Cristo foram feitos, por incrível que pareça, a partir de balas (munição). Um soldado liberiano em serviço da Força de Paz da ONU (Organização das Nações Unidas) utilizou a munição e ‘desenhou’ os santos. Segundo a família que detém as peças, foi uma forma de amenizar sua consciência das mortes que causou.

Confira um pouco da exposição pelas fotos:


Arte feita em munição

Fundo da bala

                                                                         Mais fotos


segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Editorial

Corrupção nos presídios


Não é de agora que vemos inúmeros casos de negociações entre facções criminosas dentro e fora dos presídios no país. Líderes de grupos montam ações, ataques e invasões mesmo estando em penitenciárias de segurança máxima, discutem com outros presos os detalhes e entram em contato com ‘gerentes’ que estão nas ruas.

Os esquemas parecem crescer cada vez mais e a complexibilidade dos mesmos seguem o mesmo ritmo. Daí vem a pergunta: Como conseguem tamanha liberdade de planejar tais ações, conversar com outros presos e criminosos que estão nas ruas sem serem incomodados? Respostas: Ahh, eles fazem parte de grandes facções como o PCC (Primeiro Comando da Capital) e outros de igual proporção ou menores, eles têm recursos ou acham brechas para se comunicarem.

Primeiro. Se estão dentro de um presídio de segurança máxima, não deveriam ter nenhum acesso a qualquer tipo de comunicação (celular, rádio, transmissores, TVs, nem mesmo mensagens escritas). Em relação a conversas com outros presos sobre ataques em geral, a tecnologia de um prédio desse deve ter câmeras com alta capacidade de gravação, tanto vídeo, quanto áudio ou só microfones.  

Segundo. A corrupção de policiais civis e militares, agentes penitenciários, administradores, entre outros, dificulta muito esse controle, sim. Mas então, o que fazer? Uma limpeza geral dentro e fora dos presídios, investigar e punir, severamente, todos envolvidos. Em seguida melhorar, e muito, o preparo de cada um, através de cursos, treinamentos e acompanhamento psicológico constantes, além de dar incentivo financeiro maior – melhores salários. Nada disso é fácil, nem rápido, muito menos barato, mas é preciso ser feito com urgência.

Em nosso País, a morosidade do Congresso, do Senado, da Câmara, das leis em si, da fiscalização – poderia enumerar dezenas de outros exemplos – dificultam, quase tornam impossíveis essas e centenas de outras mudanças. Mas, mais uma vez, algo precisa ser feito com urgência.

A mais recente prova de que facções criminosas ‘mandam’ dentro das penitenciárias do Brasil foi divulgado pelo jornal Folha de São Paulo de hoje. Há mais de um ano alertas têm sido feitos ao Ministério Público (MP) sobre articulações em presídios federais, nos quais estão boa parte da nata criminosa. O MP ou não tem dado a devida relevância ou foi contagiado pela morosidade da maioria de nossos órgãos. Desde setembro a situação tem se agravado de acordo com agentes penitenciários, citando a destruição de uma ala inteira do presídio federal de Porto Velho (RO). Além do mais, os presos têm desafiado os agentes com maior freqüência em situações diversas.

É inaceitável que criminosos que roubaram, sequestraram e mataram continuem comandando, mesmo estando atrás das grades, trazendo insegurança, medo e prejuízo à população e ao país como um todo. Você que lê este artigo, talvez se pergunte: Como posso ajudar a mudar? Comece a entender seus direitos e deveres como cidadão lendo nossa Constituição. Você verá que tem um poder muito grande, ainda mais quando unido a centenas, milhares ou milhões. Será uma ajuda ímpar.

Não se subestime, não se julgue inferior ou inapto diante ao que vê, ao que acontece no País e ao que te fere!

domingo, 23 de novembro de 2014

Perfil da Semana - Vereadores Itu

O entrevistado da semana também é natural de Itu, mas nem sempre viveu aqui. Residiu por um tempo, quando estava na 1ª série, em São José dos Campos, onde seu pai tinha uma empresa de móveis e ferragens, morou por seis meses na Inglaterra, quando aprendia a língua inglesa e trabalhava para se manter, além de passar dois meses em San Diego para uma especialização.

Quem é nosso entrevistado? É o ‘nômade’ Matheus Costa. Entre essas idas e vindas ele passou por alguns colégios da cidade, tanto públicos, quanto privados, como o Objetivo, São Pedro São Paulo, Berreta e Integral. Resumindo, Matheus fez metade do colegial em escola pública e metade em escola privada. No ano de 2000 ele entrou na faculdade de direito, trancou em 2003 para ir à Inglaterra e, quando voltou, concluiu. Se tornando bacharel.

Sua primeira residência foi no Condomínio Portella, depois morou no Condomínio Chácaras Flórida e, em seguida no edifício Margherita, por fim, voltou à primeira. “Praticamente nasci no Portella e fui um dos primeiros moradores de lá. Estou lá há quase trinta anos”, lembra Matheus.


NA POLÍTICA

A vida política do atual vereador começou desde cedo, pois o tema já estava incutido nele. O exemplo a seguir explica bem: “Eu gosto de citar isso! Eu sempre li muito jornais e revistas. Meus amigos pegavam o jornal e iam direto para o caderno de esportes, eu não. Sempre fui para o caderno de política. Na faculdade fiz política estudantil, contribui com o Centro Acadêmico para representar os alunos na UNE (União Nacional dos Estudantes) em um dos congressos que houve em 2003”. E acrescenta, “meu pai já foi vereador e, claro, a gente sofre certa influência, mas, certamente, eu iria seguir o mesmo caminho”


“Não tem outra forma de mudar uma sociedade se não for através da política. A única forma de melhorar a educação, saúde, e segurança é pela política!
É claro que a sociedade civil tem grande importância, tanto que nas últimas agendas, a população colaborou com a mudança em alguns setores, como na PEC 37


Sobre a posição de sua família em relação à sua escolha de entrar na política, o vereador disse não ter mencionado nada a ninguém. A não ser quando seu pai deixou o cargo e perguntou ao filho se queria se candidatar. Nesse momento Matheus, obviamente, disse que sim, mas somente se seu pai tivesse com a pretensão de sair. E também só seguiria caso fosse apoiado pela família.

O garoto vidrado na política teve sua primeira chance à candidatura nas eleições de 2012, na qual foi eleito – 8º mais votado. Desde então o vereador vem trabalhando bastante, atendendo a população e criando medidas em prol da cidade. Até hoje foram mais de cinqüenta propostas entre projetos de lei, indicações e requerimentos. O voto aberto dentro da Câmara foi uma das sugestões aprovadas do vereador Matheus Costa. “As ações do homem público tem de ser totalmente pública. Hoje não existe mais voto secreto”.

Todos sabemos como é dia de eleição, aquelas centenas, senão milhares de ‘santinhos’ espalhados, não sendo possível nem ver o chão. Além da sujeira em si, que emporcalha nossa cidade, entope os bueiros causando enchentes, entra nas casas e ficam nas ruas por semanas, os ‘santinhos’ também causam acidentes. Idosos e crianças já foram vistas caindo por escorregarem. Por isso, Matheus propôs o fim da panfletagem que multa de forma pesada o candidato que jogar papel nas ruas.

O projeto de lei foi à votação, mas não houve votos suficientes para torná-lo lei. “Infelizmente eu perdi nos votos. A maioria dos vereadores querer que a cidade amanheça emporcalhada. Mas é uma luta que vou continuar, afinal posso reapresentá-la mais duas ou três vezes. E vou fazê-lo até conseguir”, diz com veemência.


 POSIÇÃO POLÍTICA

Quando se tornou vereador, Matheus fazia parte da situação, ou seja, apoiava a administração do prefeito Tuíze, onde permaneceu por um ano. Atualmente faz parte da oposição, mas uma oposição responsável, não do “quanto pior melhor”. Quando determinada ação ou proposta é boa para a população, nós apoiamos. Quando não é, nós nos opomos.


“Duas situações que me fez valer a pena foram: levar iluminação a um bairro da zona rural, o Apotribu, no Terras de Santa Maria e levar médico a uma região totalmente carente. A cada 15 dias levamos um médico”.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Água de caixas é imprópria para uso

Mais uma notícia nada agradável para os ituanos, cuja maioria já desconfiava, mas agora têm certeza. A água que é disponibilizada aos moradores nas caixas d'água de 20 mil litros distribuídas em diversos pontos da cidade não podem ser consumidas. Esse bem escasso na região tem causado muitos prejuízos à cidade e aos residentes. Entre eles, queda na economia municipal e piora na saúde daqueles que consomem a água.

Não é cabível a administração atual e anteriores deixarem a cidade às avessas, sem estruturas eficientes de reservas e captação de água, ver a situação se agravando ao longo dos anos e não tomar nenhuma atitude, além de fornecer um líquido sem qualquer qualidade de uso, a não ser para lavar o chão. Sinceramente não entendo!

Entendam: Água distribuída em caixas gigantes em Itu é imprópria para consumo


Mídia Ninja em Itu

Na semana passada o grupo Mídia Ninja, formado por jornalistas ativistas, esteve em Itu para registrar a situação calamitosa que moradores de todos os bairros têm passado nos últimos nove meses.

Eles percorreram toda a cidade, passaram pelos bairros cuja situação era mais crítica, entraram nas favelas e conversaram com os moradores para captar cada detalhe. Foram quatro dias de muito trabalho e contaram com o apoio de jornalistas, ativistas e da população em si. Pude acompanhar à distância o trabalho e você, leitor, pode ver o resultado aqui.

Vídeo: Calamidade Provada - A crise da água em Itu

OBS: Para assistir ao vídeo é preciso fazer o download. É seguro.

Racionamento pra quê?

Há mais de anos o país tem enfrentado situações adversas em relação ao clima. Temperaturas elevadas fora de época, tanto frias, quanto quentes, chuvas excessivas, também fora da estação característica, mas parece que não demos a devida importância aos ‘avisos’.

Hectares de plantações foram e estão sendo perdidas por causa das mudanças climáticas, centenas de residências foram destruídas por tempestades (chuva e vento) e centenas de vidas também se perderam pelos mesmos motivos. Agora pergunto: O que mais precisa acontecer para nós, seres humanos, enxergarmos os efeitos de nossas ações? Quando digo ‘nós’, me incluo, incluo você, políticos, madeireiros e qualquer outra pessoa que contribui com a destruição do meio ambiente. Seja derrubando uma árvore, jogando lixo no chão ou mesmo não fazendo nada.

Um exemplo que se tornou comum para os paulistas é o racionamento. Desde o início do ano o problema tem se alastrado, aquelas cidades, que antes enfrentavam o racionamento, agora estão, literalmente, com falta de água. Em Itu, conhecida como cidade dos exageros, alguns bairros estão há 45 dias sem receber uma gota de água. As razões são várias, mas a principal é o longo período de estiagem, que se explica pelo desmatamento da Amazônia. Sim. A derrubada de árvores no norte, nordeste e centro-oeste do país afeta a freqüência de chuvas no sudeste.

Como acontece?

As árvores da Amazônia transpiram e liberam vapor de água, formando nuvens. Essas nuvens são exportadas para o resto da América do Sul. Elas viajam pelo ar, ladeando a cordilheira dos Andes, até chegar ao sul e sudeste do Brasil e países como a Argentina, gerando as chuvas. São os chamados ‘rios voadores’. Os modelos climáticos mostram que, se a destruição da Amazônia continuar, ela pode chegar a um ponto em que sua capacidade de exportar essas nuvens seja comprometida, afetando drasticamente a precipitação. A situação se repete com o desmate da Mata Atlântica. Todas suas nascentes secaram nas áreas desmatadas. Outro dado triste. Por ano, 26.000 km da Floresta Amazônica são desmatados e restam apenas 22% do total da Mata Atlântica. Há alguns anos era possível perceber cada estação de acordo com suas peculiaridades. Hoje não conseguimos definir.

Voltando a São Paulo

Desde o início da estiagem o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, vem dizendo que está tudo sob controle, que nunca houve racionamento e que a cidade tem um “sistema forte, garantindo água até 2015, sem racionamento”.

“Não há necessidade, nem é tecnicamente adequado fazer, porque poderíamos perder mais água e, com o risco do racionamento, as pessoas poderiam guardar mais água e perder toda a cultura de evitar desperdício”, palavras do governador antes das eleições, quando alguns bairros da cidade já sentiam a falta de água. Hoje, ele continua dizendo que não é necessário e não está havendo cortes, mas moradores sabem e vivem a realidade.

Em conversa com a presidente reeleita Dilma Roussef, na tarde de ontem no Palácio do Planalto, Alckmin pediu nada mais que R$ 3,5 bilhões de ajuda para financiar oito obras contra a crise hídrica. Não faz tanto sentido pedir ajuda se suas afirmações são sempre as de que tudo está sob controle e que a Sabesp está preparada para manter o abastecimento. Só para não esquecer as palavras do governador: *“São Paulo enfrenta esta que é a pior seca dos últimos 84 anos com planejamento, com obra e com uso racional da água. Não há esse risco (de desaparecimento). Temos um sistema extremamente forte. As obras para amanhã já estão sendo feitas”.

Vamos ver até quando a administração do estado irá manter essa rigidez em suas palavras.

                                                                                      *
Trecho do jornal O Globo

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Editorial

A palavra é incerteza


Não é novidade que o país passa por dificuldades na economia, afinal a inflação já ultrapassou o teto da meta, não há crescimento industrial relevante, cito a produção automotiva que caiu 16% de janeiro a outubro, além do possível racionamento de energia e da incerteza política. Fatos que deixam empresários intranquilos e o dólar instável.

O governo atual precisa passar segurança, não só para os investidores, mas também para indústrias e, claro, à população. Dessa forma vai estimular o crescimento interno, controlando a inflação. Obviamente que isso não acontecerá num passe de mágica. Tem de ser muito bem analisado através de uma equipe governamental rígida, unida, num mesmo foco. Cada integrante tem de passar confiança interna e externa, criando-se
assim, a sinergia adequada.

A escolha do próximo Ministro da Fazenda, por exemplo, terá importância ímpar. Três nomes são cotados: Henrique Meirelles (favorito), ex-presidente do Banco Central, Nelson Barbosa, ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda, visto como pró-mercado e Luiz Trabuco, presidente do Bradesco, visto com bons olhos por Dilma. Destes, confesso não saber qual é o melhor nome. Cada um afeta positivamente, à sua medida, a política econômica do país. A escolha vai definir o tom do "novo governo" de Dilma.

Outro ponto que traz preocupações é o da energia. Devido a estiagem deste ano as usinas térmicas foram utilizadas acima da média, custo que recairá sobre a conta de luz em 2015. Somado a isso está a possibilidade de racionamento elétrico caso o nível das hidrelétricas continue caindo. Uma das ações propostas por especialistas é a criação de um programa de consumo consciente da energia com direito a bônus, aos moldes do sistema utilizado pela Sabesp em relação a água.

São medidas que visam trazer um pouco de estabilidade ao país. Vamos torcer para que funcione.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Perfil Semanal - Vereadores de Itu

Nascido à rua Santa Rita, em 1944, Olavo Volpato é mais um ituano que tem seu espaço reservado dentro da Câmara Municipal. Hoje, aos 70 anos, Olavo tem uma história rica na cidade.    

Sua infância e adolescência estão ‘registradas’ na Vila Cleto, fundada pelo seu avô, onde viveu até se casar. Seus estudos começaram no Colégio do Patrocínio, mas pararam no 2º ano, afinal o colégio era para mulheres e os homens podiam ficar somente até o segundo ano. De lá, foi para o Cesário Mota, onde concluiu o primeiro grau, mas antes reprovou a 4ª série. O segundo grau se deu no Instituto de Educação Regente Feijó aos 18 anos, pois Olavo precisava trabalhar. Ele é graduado em Ciências Contábeis e Administração de Empresas, voltado para Recursos Humanos (segmento no qual é pós-graduado). Pela Faculdade de Direito de Itu (FADITU) se tornou bacharel em direito, mas não exerce por conveniência.

Volpato foi um líder estudantil, que se comprovou na formatura de 4ª série, cujo nome da turma levou seu nome, devido a organização realizada. “Fui um líder mais pela minha idade do que por outros motivos”, diz humildemente. À época, ele tinha dezoito anos, enquanto seus colegas tinham quatorze. Por causa dessa liderança, o jovem despertou o interesse do candidato a prefeito, Galileu Bicudo, que o convidou para ser vereador. Ferdinando de Marco, presidente do Clube dos Comerciários, deu um empurrãzinho dizendo que Olavo era um jovem promissor. Naquele tempo era difícil conseguir vaga para vereador, pois era o dobro do número de cadeiras que cada legenda tinha, havia três, segundo Volpato. Galileu só podia indicar dez vereadores e sete já ocupavam as cadeiras. “Ele escolheu a mim e mais um, Lázaro Piunti. Nós começamos juntos na política. Isso em 1969”.

Ao ser questionado sobre qual foi a sensação de ser convidado, diretamente, pelo candidato, a fazer parte de sua equipe, nosso entrevistado chega a se emocionar: “Eu gostei, pois ele (Galileu) era um líder popular e eu um garoto pobre, que não tinha recurso nenhum, porém me destacava”, lembra.

POLÍTICA

Antes

A política na década de 60 era bem diferente da atual. Obviamente não havia tamanha tecnologia, os votos eram conquistados de porta em porta. Foi assim que Olavo foi eleito vereador, se apresentando às pessoas, expondo suas ideias e propostas.

Em 1969, por infortúnios políticos, Olavo Volpato se tornou prefeito por dois anos. Os motivos se misturam entre cassação, intervenção e, infelizmente, morte. No período em que estava prefeito, ele diz ter recebido bastante apoio da população. “Fiz uma administração séria, voltada para a educação e adquiri a confiança do povo”, afirma. Ao fim do mandato, quem assumiu foi seu colega Piunti. Porém, quatro anos depois, o jovem que havia coordenado a cidade aos 26 anos, voltou. E o fez com o dobro de votos de seu antecessor.

Agora

Em relação à mudança de horário das sessões, o vereador é contrário. Ele afirma que o importante é estimular a população a ir à Câmara. “Um horário pode ser bom para este e ruim para aquele, cada um vai defender seu interesse”.

Em relação sobre o que mudaria na Câmara, Olavo pontua: “A casa precisa ser modernizada, entrar na era da informática para disponibilizar a população tudo o que se passa. Os vereadores têm que pesquisar mais os assuntos da cidade e acompanhar as legislações.

Logo acima, o vereador disse que é preciso atrair a população às sessões. Perguntei como isso seria feito: “É difícil dizer, pois as pessoas vêm quando tem um tema de seu interesse e não é um bolo, uma barraquinha ou uma cerveja que vai atrair. Acho que estamos precisando descobrir o que o povo quer. Mas acho que hoje, com a informática, as pessoas vão ficar em casa. Elas nem estão indo trabalhar mais, fazem o serviço a partir de suas casas”.


Olavo Volpato, além de vereador, é gerente administrativo da Porcher do Brasil, localizada à Avenida Caetano Ruggieri, 4153. Caso o leitor(a) queira falar com o Olavo (vereador) ou Olavo (da Porcher), pode utilizar esses meios: vereadorolavovolpato@camaraitu.sp.gov.br ou adm@porcher.com.br


domingo, 2 de novembro de 2014

'Sem Água Sem Conta'

Neste último sábado, dia 1, um pequeno grupo de manifestantes se reuniu em frente à Concessionária Águas de Itu e queimaram suas contas de água em forma de protesto.

Moradores de toda cidade têm recebido cobranças, mesmo sem chegar uma gota de água em suas torneiras. Em alguns casos o valor tem sido superior se comparado com as anteriores (antes da crise hídrica). Apesar da prefeitura e da concessionária terem instalado caixas de água em determinados pontos da cidade, diversos bairros ainda sofrem por não ter nada em suas torneiras, a não ser ar.

Um dos motivos do aumento das contas é a pressão do ar no encanamento, fazendo o relógio-medidor girar com maior frequência.

Vejam algumas cenas do protesto:

'Sem Água Sem Conta'

sábado, 1 de novembro de 2014

A realidade ituana pelas lentes da câmera



Itu se tornou um ícone dentro e fora do país por causa da crise de água. Não é novidade para ninguém o que o sudeste brasileiro tem passado nos últimos meses. Mais uma vez o destaque recai sobre Itu, que há um ano tem como companhia o racionamento e a falta de um bem essencial para vida de qualquer ser vivo.

Sinta a realidade através dos links:








As fotos são de Nacho Doce, correspondente da Reuters, que registrou e sentiu as dificuldades da população.

Vejam também a emissora Al Jazeera 'dando voz' ao povo de Itu.

domingo, 26 de outubro de 2014

Água em Itu: Artigo de luxo

A população ituana continua sofrendo com a falta de água que assola a cidade há mais de seis meses. O racionamento já perdura há mais de nove.

Toda a cidade já sentiu o gostinho de ficar sem uma gota d'água nas torneiras. Alguns bairros estão com esse 'sabor' amargo há cerca de 45 dias. Fica até difícil de imaginar como é não poder sanar suas necessidades básicas (escovar os dentes, lavar o rosto pela manhã, tomar banho, lavar roupa, cozinhar, limpar a casa, etc) por mais de um mês. O exemplo a seguir resume, drasticamente, o que as pessoas tem tido de fazer, devido a má administração do governo municipal: moradores têm evacuado em sacos plásticos e jogado em containers. Sim, é isso mesmo! Exemplos como esse têm se repetido com uma frequência entristecedora.

CAMINHÕES PIPA

Desde que a crise hídrica aumentou exponencialmente, a prefeitura colocou nas ruas caminhões pipa para abastecer os bairros mais afetados - é o mínimo. Porém, moradores das regiões listadas para recebê-los dizem que não estão e reforçam que, quando passam pelas ruas, cobram uma taxa de entrega.

A reportagem deste blog está colhendo dados para fazer um balanço de quantos caminhões foram disponibilizados para abastecer a população, saber se os mesmos foram nos bairros anunciados e confirmar se estão cobrando pela entrega da água. Também está na pesquisa quantos litros/dia a Brasil Kirin está cedendo para a prefeitura, para quais regiões e, mais uma vez, se está sendo cobrado.

Para atingir essa meta, peço ajuda dos leitores, dos moradores e de qualquer cidadão interessado em ajudar Itu nesta fase difícil!

Assista aqui dois vídeos da realidade ituana.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Perfil Semanal - Vereadores de Itu

O perfil desta semana é com o vereador Paulo Eduardo Andrade Ortiz, mais conhecido como ‘Eduardo Ortiz’. Um político novo, tanto na idade, quanto em experiência política, porém, se destaca entre tantos outros.

Ituano de 5 de novembro de 1981, irmão de Joana e Rogério (gêmeo), todos filhos de Maria Ignez e Dorgélio Ortiz, cresceu no bairro São Luiz e foi ali onde começou a trilhar seu caminho de liderança. Desde pequeno, sempre era escolhido como representante de classe e de grupos dentro da escola Rogério Lázaro Tochetton, onde estudou. O pequeno Ortiz era ‘alvo’ de todos, pois fazia um bom trabalho e atendia às expectativas de seus votantes. Outra característica marcante nele é aquela vontade de sempre querer ajudar as pessoas, interceder por aqueles que não podem ou não têm como fazê-lo.

Eduardo é católico e aos oito anos, quando aprendeu a tocar violão, marcava presença, todos os domingos, na Comunidade São Luiz Gonzaga, onde até hoje toca, além de ser salmista e dirigir o Grupo de Adolescentes HUVA (Hoje, Unidos, Venceremos o Amanhã). Ele também é o idealizador da ‘Mega Festa São Luiz’, uma quermesse com atrações musicais e uma grande estrutura de palco, som e luz, onde sua banda, ‘Banda Cristo Jovem’, também marca presença. O evento se tornou um ícone entre as festas de rua da cidade.

A vida política de Eduardo Ortiz teve início em 2004, quando se candidatou a vereador, aos 22 anos, o mais novo da cidade. Em 2008, adquirindo cada vez mais a confiança da população, teve 824 votos. Não foi o suficiente para se eleger, mas sua determinação não diminuía, tanto que no ano seguinte se formou em Direito pela FADITU (Faculdade de Direito de Itu), reforçando sua segurança e aumentando suas habilidades para por em prática seus planos. Nas eleições de 2012, lá estava Paulo Eduardo Andrade Ortiz, na luta por seu espaço dentro da Câmara Municipal. Tamanha dedicação e suor renderam 872 votos, elegendo-o vereador de Itu.

De lá pra cá, Ortiz tem colocado em discussão muitos projetos voltados para a cidade e para a população, seu principal foco. Até hoje o vereador colocou à mesa 55 indicações, 16 moções, cinco projetos de lei, três requerimentos, duas resoluções e um decreto. Tudo isso em um ano e dez meses de atuação. Dentre as propostas, a que se destaca é a mudança do horário das sessões para o período noturno - ideia não aceita por nenhum dos vereadores - o intuito é que as sessões iniciem às 18h, para que a população possa participar sem interferir em suas rotinas diárias, sejam elas profissionais ou pessoais.

O vereador apóia também a alternância de poder, um conceito relacionado diretamente ao de democracia e que condena a perpetuidade de dirigentes políticos no poder, pois tal fato desvirtuaria o caráter de um governo popular. Ortiz defende e incentiva esse mote em âmbito federal, estadual e municipal. “É saudável para toda a população. Eu acho que deveria equiparar o legislativo ao executivo ao que tange as eleições. Para o executivo só é válido uma re-eleição, no legislativo não. No legislativo pode ser re-eleito por dez, vinte, cinqüenta anos. Eu sou contra isso”, reforça. Por mais que esse ou aquele governo esteja desenvolvendo um bom trabalho é válido que haja troca, mudança, renovação, pois, como disse o vereador, é saudável. Assim como na agricultura, que a variação do cultivo de plantas diferentes fortalece o solo, alternar os políticos faz bem à política, ao município, estado e ao país.

Paulo Eduardo teve algumas conquistas desde que assumiu a 13ª cadeira dentro da Câmara, mas é só o começo. Há projetos grandes em discussão e muitos por vir. A caminhada não é e não será fácil, mas persistência é mais uma das características presentes neste funcionário público que dá o exemplo dispondo todos seus gastos, suas declarações de renda, mostrando total transparência para com o povo. Em seu site, blog e revista, o cidadão pode conhecê-lo melhor e ficar por dentro das sessões da Câmara, transmitidas ao vivo online e pelo youtube, gravado.

A Era em que vivemos, a digital, facilita muito a comunicação rápida e direta com quem quer que seja. Por isso, o jovem vereador está conectado 24h por dia nas redes sociais. Então, se o leitor quiser entrar em contato com Eduardo Ortiz, acesse o Facebook, o Google+, o Twitter, o YouTube ou até o chat online, ele estará ligado.


quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Falta D’Água em Itu: População pede socorro

Semana passada Itu voltou a ser o centro das atenções devido aos protestos da população contra a falta d’água, que atinge a cidade há quase um ano. Na segunda-feira, dia 22, o protesto foi em frente à Câmara Municipal e reuniu cerca de duas mil pessoas.

Como em todo protesto, o início foi pacífico, com repletos cartazes e dizeres variados, além de palavras de ordem. Enquanto os vereadores discutiam no plenário a decretação de calamidade pública, populares gritavam, cantavam e buzinavam. Não demorou muito e alguns manifestantes trouxeram ovos e tomates, que foram arremessados na fachada e janelas da Câmara. Conseguiram até jogar ovos dentro de uma das salas, cuja janela estava aberta.

Vereadores da oposição, entre eles Balbina Oliveira de Paula Santos, Givanildo Soares da Silva (Giva), Eduardo Ortiz e Matheus Costa, pontuaram, nos corredores da Câmara, suas propostas de melhorias ao abastecimento de água e criticando o governo atual pela falta de atitude. Conforme o tempo passava a população ficava cada vez mais impaciente diante à falta de informações. A partir daí as vozes, ovos e tomates foram substituídos por pedras. De dentro da Câmara ouviam-se portas e janelas sendo estilhaçadas, tanto as do piso térreo, quanto as do segundo andar. A insatisfação com a falta de água, que se agrava a cada dia, o descaso da prefeitura e a incerteza de quando serão atendidos, só piorava a tensão. O chão do plenário ficou repleto de cacos de vidro e pedras. O que impressionava mais era o tamanho das pedras.

Para o leitor ter uma idéia, imagine um paralelepípedo, corte-o ao meio, eis as pedras que foram parar dentro das salas. É importante ressaltar dois fatos: ninguém foi atingido e, mais importante, aqueles que praticaram vandalismo não tinham nenhuma ligação com os mediadores do movimento que prezaram e prezam pelo protesto sem violência e sem quebra-quebra. Mas sempre tem os ‘infiltrados’ que gostam de fazer bagunça.

A Guarda Civil Municipal (GCM) contava com dez homens naquele dia e mais 80 em pontos estratégicos da cidade. Sem contar com o apoio do Polícia Militar. Quando a depredação do patrimônio público começou a GCM, a PM e até a Tropa de Choque iniciaram a contenção destes através de bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. Os manifestantes tentaram se proteger dentro da Câmara ou se espalhando pelas ruas.


NOVO PROTESTO

Uma semana depois, dia 29, um novo protesto reuniu cerca de 400 pessoas em frente à prefeitura da cidade. A concentração foi bem menor comparado a do anterior, não há um motivo concreto que justifique. Talvez a distância do centro, o mal tempo ou até o maior número de GCMs no local, que contou com 70 homens, segundo o comandante Clemente Bortoleto Júnior, além da PM. Somente a Tropa de Choque não foi requisitada. Desta vez a movimentação também começou pacífica, assim como a primeira, e terminou do mesmo jeito, pacífica. Sem prejuízos ao patrimônio e sem bombas de efeito moral e balas de borracha.

Além dos cartazes, buzinas, palavras de ordem, desta vez o movimento contou até com um trio elétrico, um caixão e até coroa de flores, representando a morte da política de Itu e da própria cidade.

Durante o protesto, um pequeno grupo de manifestantes, entre eles os mediadores (Soraia Escoura, Mônica Seixas e Plínio Bernardi Júnior), além da imprensa, foi chamado para conversar com o secretário municipal de Segurança, Trânsito e Transportes, Coronel Marco Antônio Augusto. Ele ouviu as reivindicações, respondeu as perguntas dos jornalistas, explicou a não decretação de calamidade pública e defendeu o direito da população de manifestar, mas sem vandalismo.

As reivindicações imediatas dos presentes foram somente três: participação popular no Comitê Gestor da Água e no conselho da Agência Reguladora dos Serviços Delegados (AR-Itu), a divulgação dos contratos de concessão dos serviços de água e esgoto, e, por último, o conhecimento do Plano Estruturante, que traz medidas para resolver o problema de falta de água na cidade. Um termo de compromisso, pontuando os pedidos, foi assinado pelo secretário Coronel Marco, pelo superintendente da AR-Itu, Maurício Dantas e pelos organizadores do movimento.

No termo, foi acordado que em 10 dias os contratos de concessão estarão à disposição, a resposta da participação popular virá em até 72 horas (três dias) e a reunião que abordará o Plano Estruturante será datada em duas semanas.

*Confira os vídeos neste link: Falta D'Água Itu - Protesto Câmara Municipal / Depoimentos /

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Itu entra em calamidade pública

É do conhecimento de todos o período crítico de estiagem que o estado de São Paulo está passando há alguns meses, principalmente, a nossa cidade, Itu. Desde fevereiro, mais precisamente dia 5 de fevereiro, o racionamento de água começou em alguns bairros da Cidade Nova, desde então o número de regiões afetadas aumentou.

Há 85 anos o país não enfrentava uma seca tão longa, tanto que diversas cidades do Estado estão com dificuldades para atender a população. Produtores agrícolas também sentem a falta de água. O Sistema Cantareira, composto por quatro reservatórios e que abastece a capital paulista e regiões metropolitanas, totalizando cerca de 9 milhões de pessoas, atingiu um nível tão baixo que já está utilizando o volume morto. Detalhe, nunca antes utilizado.

Se depender da chuva esse volume não abastecerá a população por muito tempo. A previsão de instituições meteorológicas é que as chuvas só voltem com consistência a partir de novembro. Nós não podemos esperar!

Este blog ouviu a assessoria da concessionária Águas de Itu para saber como estão agindo para enfrentar a falta de água. Segundo a assessoria o racionamento foi implantado apenas no distrito da cidade que representa cerca de 20% da população que abrange os bairros Cidade Nova, Novo Mundo, Jardim Europa, Jardim União e Condomínios Cty Castelo e Village Castelo. Com a incidência de chuvas em fevereiro e a redução no consumo de água foi possível suspender o racionamento na região e até o momento não foi retomado de acordo com a assessoria. A população discorda. Eu falei com alguns moradores que nos disseram que o racionamento ainda está acontecendo.

Em março a região central da cidade entrou no grupo de racionamento de forma gradativa. A primeira etapa começou a cortar o fornecimento durante o dia e retomava no período da noite, entre às 18h até as 04h. Atualmente o racionamento já acontece em Itu inteira e não segue o padrão divulgado pela Águas de Itu. Algumas regiões ficam sem água até quatro dias.

Desde de que a falta de água começou a afetar o povo de Itu, os mesmos resolveram se mexer e reivindicar seus direitos através de protestos. Foram dois, um em fevereiro e outro em junho, ambos pacíficos. Para evitar o desperdício e a falta desse bem natural e essencial moradores fazem de tudo para se precaver. Marta Mendes de Arruda, 70, por exemplo, enche todos os recipientes que tem quando a água vem. “Quando vem água, a gente enche tudo. Enche lata, garrafa, balde, o que tiver.” Ela mora em frente à concessionária e já tem uma reserva de 149 garrafas Pet.

As escolas municipais e estaduais da cidade também tiveram que se adaptar com a crise, tanto que os alunos de determinada escola municipal seguem um controle de idas ao banheiro, assim não há tanto gasto. O asilo São Vicente de Paulo, sabendo do problema recorrente que Itu tem, construiu um poço artesiano e, até hoje, as torneiras não secaram. A instituição gasta de 160 a 180 mil litros de água por mês.

Não só Itu, mas como todo Estado, precisa melhorar seu sistema de captação de água de represas, reservatórios, chuvas, entre outros. Afinal não é de agora que a população sofre com a falta d’água. Os governos estaduais e municipais têm que começar a agir incisivamente para evitar a repetição desse cenário triste. Há anos a alegação é que Itu não possui um grande rio para a captação e que seus mananciais são pequenos. Ao todo são sete que fornecem a água que deveria chegar às torneiras dos moradores. A concessionária capta hoje água de sete mananciais: córrego São José, Córrego Gomes, Córrego Braiaiá, Ribeirão Taquaral, Ribeirão Pirapitingui, Ribeirão Varejão e Ribeirão Itaim. Seis barragens ajudam a armazenar a água.

A situação tomou tamanha proporção que o Ministério Público de São Paulo (MP), junto à Promotoria de Itu, orientou à prefeitura que reconheça o estado de emergência e calamidade pública devido à falta e racionamento de água. E tem mais. Um inquérito civil apura a responsabilidade da prefeitura, da Agência Reguladora e da concessionária em relação à escassez e rodízio no fornecimento de água no município.

Segundo o MP, o abastecimento está comprometido não somente por causa da estiagem, “mas vem de anos de má gestão e falta de investimentos sérios no aumento da armazenagem de recursos hídricos e construção de novas barragens, desassoreamento dos já existentes e modernização dos sistemas de tratamento e distribuição”. Na recomendação, o MP também pede que o município e a concessionária apresentem um plano sólido para resolver o problema do racionamento de água e que não dependa exclusivamente das chuvas.

*AÇÕES - Com atenção dedicada aos índices de chuva que ocorrem abaixo da média a concessionária inaugurou em fevereiro uma bateria de 12 poços capazes de atender sozinhos certa de 25 mil habitantes. Os poços profundos realizam captação de água subterrânea que são infinitamente menos sensíveis que as captações superficiais. Além dos 80 poços da própria concessionária, outros poços de propriedades particulares estão fazendo parte do nosso sistema de distribuição. Está sendo desenvolvida a transposição de água de represas particulares a montante de nossas captações com a instalação de bombas móveis. A concessionária ampliou sua frota de caminhões pipa e carretas de água para garantir abastecimento para hospitais, escolas, imóveis públicos e de uso coletivo. A prefeitura e concessionária buscam aprovação de licenças para iniciarem uma nova capitação a 22km do centro de Itu, com intuito para ampliar em 62% a vazão de água bruta para tratamento e abastecimento da cidade”.

*Informações da assessoria


Lago do Cond. Terras de S. José
Prefeitura bombeou água dos lagos
                                       

quinta-feira, 17 de julho de 2014

O placar da Copa

A Copa do mundo acabou e aquela sensação de que o Brasil não iria dar conta do recado foi suprimida pelos elogios de milhares de turistas de 203 países.

Nós brasileiros estávamos apreensivos devido aos atrasos das obras nos estádios, aeroportos e melhorias na mobilidade urbana, afinal os prazos eram curtos, pois houve demora no inícios dos trabalhos, e por conhecermos a morosidade de alguns, senão todos, os setores do país.
É sabido de todos o quão lento as ampliações e construções andaram, mesmo sob o olhar contínuo da Fifa e de seu gestor, Joseph Sepp Blatter. A preocupação, pressão e cobrança era tamanha que Joseph ameaçou, por diversas vezes, mudar a sede da Copa presumindo a não entrega dos estádios. Na época eu concordei com ele. As ameaças trouxeram resultado. É válido lembrar que 23 obras ainda não foram entregues. Entre elas estão áreas de mobilidade, portos e aeroportos. 
Apesar dos atrasos, das preocupações e das dúvidas se conseguiríamos ou não sediar uma Copa do Mundo, como deve ser feito, os resultados surpreenderam a todos. Prova disso é a pesquisa realizada pelo DataFolha na qual foram entrevistados 2209 turistas estrangeiros, de mais de 60 países, entre os dias 1º e 11 de julho, nos aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, nas FanFests e locais de grande concentração nos estados de Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, além dos já citados.
O levantamento revela que 83% dos estrangeiros que vieram ao Brasil avaliaram como ótima ou boa a organização do Mundial de seleções. Para 12%, a organização foi regular, para 3% foi ruim ou péssima e 1% não soube responder. A organização e a segurança superaram as expectativas dos estrangeiros. Já as opiniões sobre a mobilidade urbana e o sistema de comunicação ficaram divididas: para a maioria, 60%, a segurança foi melhor do que o esperado, para 34% ficou dentro da expectativa, para 4% foi pior e 2% não souberam responder.

Conforto e segurança foram os itens pesquisados para aqueles que assistiram ao menos um jogo nos estádios e a análise foi positiva: 92% avaliaram com ótimo e bom os quesitos. Para minha surpresa e, provavelmente, de muitos, a qualidade dos transportes até o estádio também foi bem avaliada com 76% de aprovação. Para 14% foi regular, já 6% consideraram ruim ou péssima, os outros 5% não souberam responder.

Outro ponto analisado e de grande relevância foi a hospitalidade dos brasileiros. Nove em cada dez entrevistados têm a opinião de que o brasileiro é simpático e receptivo. Para comparar esses dados, o Datafolha elaborou um índice de avaliação de nove itens, cujo objetivo foi medir o sentimento dos visitantes com relação aos brasileiros e com os serviços do país. Destes nove itens analisados, seis deles os estrangeiros ficaram satisfeitos, com destaque para a hospitalidade, o melhor avaliado. Os três restantes e reprovados estão relacionados ao custo de serviços.

Se fizermos um balanço geral do que funcionou bem ou não na Copa, os pontos positivos se destacam. É o que as pesquisas estão mostrando. Houve problemas, mas qual país que sediou uma Copa ou eventos de grande proporção não teve? O Brasil cumpriu bem seu papel e está sendo parabenizado neste e em outros continentes.

Foram gastos bilhões de reais que, de repente, poderiam ser investidos em saúde, edução e demais setores deficientes, mas agora o país foi e está sendo visto de uma maneira diferente por todo o mundo. Temos que ser inteligentes e fazer bom proveito deste momento.

A pesquisa abordou outros dados que estão detalhados no portal Uol.
   

quarta-feira, 16 de julho de 2014

No Brasil, o futebol não anda bem, mas pior anda a liberdade de imprensa

Por ocasião do Mundial de futebol, Repórteres sem Fronteiras lança uma campanha de sensibilização para denunciar os ataques à liberdade de informação e os atos de violência cometidos diariamente contra os jornalistas no Brasil.

Perante as ameaças, agressões e assassinatos de jornalistas no país do futebol, Repórteres sem Fronteiras dá o apito inicial de uma campanha que procura alertar contra a vaga de violência que se estende sobre o conjunto da profissão. Realizada pela agência BETC, essa campanha está disponível em francês, inglês e português. É composta por um visual com as cores do Brasil acompanhado pelo slogan “No Brasil, o futebol não anda bem. Mas pior anda a liberdade de imprensa”, seguido da bandeira do Brasil com o Cristo-Rei do Rio dentro da esfera azul e levando as mãos à cabeça.

Desde 2004, foram assassinados 21 jornalistas, dos quais 12 no decorrer dos últimos três anos. Executados na via pública, suas vozes foram sacrificadas em nome da corrupção, do narcotráfico e dos conflitos de interesse. “A derrota da Seleção na Copa do Mundo pode ter sido traumática, mas não deve fazer esquecer outras derrotas bem mais graves para o país, em termos de liberdade de informação e em especial de segurança dos jornalistas no Brasil”, sublinha Christophe Deloire, secretário-geral de Repórteres sem Fronteiras.

Desde o início do ano, Repórteres sem Fronteiras já contabilizou pelo menos 54 agressões a jornalistas. No passado mês de fevereiro, pela primeira vez desde o começo das revoltas populares contra a Copa do Mundo, um jornalista – de seu nome Santiago Ilídio Andrade – sucumbiu à violência dos confrontos entre manifestantes e forças da ordem, enquanto cobria uma ação de protesto no Rio para a TV Bandeirantes. No mesmo mês, mais dois jornalistas Pedro Palma e José Lacerda da Silva – foram brutalmente abatidos. O Brasil tem de dar resposta a uma emergência: proteger seus jornalistas.

No passado dia 10 de julho, o secretário-geral de Repórteres sem Fronteiras, Christophe Deloire, se encontrou com o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann, no palácio presidencial do Planalto, em Brasília, e com responsáveis do Ministério das Relações Exteriores. O secretário-geral insistiu na gravidade dos recentes ataques cometidos contra os jornalistas e evocou os perigos para a liberdade de informação e as recomendações apresentados no relatório “O país dos trinta Berlusconis”, publicado em janeiro de 2013 por Repórteres sem Fronteiras.

O Brasil se encontra na 111ª posição entre 180 países na Classificação Mundial da Liberdade de Imprensa.

terça-feira, 17 de junho de 2014

População: refém das greves

Desde o mês passado, mais precisamente no dia 20 de maio, uma terça-feira, os paulistanos estão enfrentando um problema, ainda maior, com os transportes públicos. Greves e paralisações têm tomado as ruas e avenidas, travado o trânsito da capital e trazido muita dor de cabeça aos usuários de ônibus e metrô.

A desculpa dos motoristas, cobradores e metroviários é a busca de reajuste salarial, benefícios e bônus, os quais o governo não aceita, pelos menos não na sua totalidade. As tentativas de negociação não têm tido resultados prósperos, prolongando ainda mais os piquetes. E quem perde com isso, obviamente, é a população.

A situação também é crítica em outras capitais como Florianópolis, São Luís, Salvador e Rio de Janeiro, cada qual na sua proporção e motivos. Na primeira, a greve de motoristas e cobradores atingiu cerca de 400 mil usuários do sistema e a razão é a 'susposta' demissão de 350 cobradores, afinal, com as catracas eletrônicas, implantadas em 2001, suas funções seriam desnecessárias. De qualquer forma não é a população que tem de pagar o preço.

Já na capital maranhense 700 mil pessoas sofreram as consequências da paralisação. De acordo com a Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) 100% da frota ficou na garagem, tudo em busca de reajuste de 16% nos salários, aumento do vale-alimentação mensal para R$ 500,00, inclusão de um dependente no plano de saúde, implantação do plano odontológico e redução da carga horária de 7h20/dia para 6h/dia. Em reunião, os sindicalistas baixaram a reivindicação para 11%. Caso o pedido seja aceito, o valor da passagem terá de aumentar de R$2,10 para R$2,70, segundo empresários. A prefeitura se recusa a subir o valor e pela internet um grupo, que já conta com 10 mil participantes, promete protestar.

Em Salvador a greve, que durou três dias, com início em 27 de maio, afetou toda a região metropolitana totalizando 1,5 milhão de pessoas. Saíram da garagem apenas 200 ônibus, menos de 10% da frota, no entanto, os rodoviários aceitaram o reajuste de 9% entre outros benefícios.

No Rio de Janeiro a paralisação não teve muitos adeptos. Segundo o secretário de transportes, Alexandre Sansão, cerca de 80% dos ônibus circularam normalmente. Foi a terceira vez, no mesmo mês, que a greve ocorre reivindicando o aumento salarial de 40%, o fim da dupla função e alteração no valor da cesta básica de R$150,00 para R$400,00.

Em São Paulo a situação foi crítica, fechando 15 terminais rodoviários ao longo do dia e afetando mais de 230 mil usuários. O mais curioso nessa paralisação é o número de informações desencontradas: em assembleia realizada na sede do sindicato, a categoria aceitou as propostas das empresas de 10% de reajuste, tíquete mensal de R$445,50, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de R$850,00, entre outros benefícios. No dia seguinte, motoristas dissidentes cruzaram os braços no centro da cidade alegando discordarem dos valores e que houve manobra para antecipar a data da assembleia para aprovar o acordo. Já o sindicato nega e se defende afirmando que tudo foi feito de forma transparente. Para melhorar o clima, alguns manifestantes afirmam que o prefeito Fernando Haddad teria dito em entrevista que o acordo seria de 19% para a categoria e tíquete diário de R$22,00, ante R$16,50. O secretário de transportes, Jilmar Tatto, diz que tudo não passa de boato.

Depois desse vai e vem de informações os sindicatos das empresas e motoristas, finalmente, chegaram a um acordo, mas ninguém saiu satisfeito. O reajuste salarial ficou nos 10% iniciais, mas ambas categorias vão arcar com a multa de R$200 mil, que o Tribunal Regional do Trabalho determinou por considerar abuso a greve dos motoristas e cobradores. Cada sindicato vai pagar 100 mil, além dos dias não trabalhados que deverão ser compensados pelos funcionários.

Apesar da greve dos rodoviários ter chegado ao fim, outra categoria resolveu fazer o mesmo e causar mais transtorno na capital paulista. Desta vez os metroviários cruzaram os braços afetando 3,9 milhões de usuários, além do trânsito que bateu os 251 km, às 10h30 de sexta-feira, dia 6.

Mais uma vez a paralisação é motivada pelo reajuste, agora, por parte dos metroviários e sindicato. Vale lembrar o abuso do pedido. Inicialmente, o aumento era, nada mais, que 35,47%, passando para 16,5% diante a não aceitação do governo. A porcentagem reduziu para 12,2% na audiência do Tribunal Regional do Trabalho ocorrida dia 5, mostrando-se abertos(metroviários) a nova queda, mas sem abrir mão dos benefícios e mudança no valor da PLR.

Na quarta-feria, 11, véspera do maior evento do ano, uma nova assembleia foi realizada para discutir a continuação ou não das paralisações e a possível readmissão dos 42 funcionários do Metrô demitidos dois dias antes. 

Resumindo, metroviários, sindicalistas e governo entraram em consenso com o reajuste de 8,7% e fim da greve. Só ficou em aberto a revogação das demissões. Agora é aguardar que um novo acordo seja feito antes que as paralisações voltem a causar transtornos a população.


Motoristas fecham avenidas da capital
Metroviários reunidos pelo reajuste










sábado, 8 de fevereiro de 2014

Quem sou eu? Veja minhas vestes!

Na última quarta-feira, dia 5, o post de uma professora criticando as vestes de um homem no aeroporto Santos Dumont causou polêmica nas redes sociais.

A professora do departamento de letras da Pontifícia Universidade Católica do Rio (Puc-Rio) e diretora da Coordenação Central de Cooperação Internacional (CCCI Puc Rio), Rosa Marina Meyer, foi capaz de tirar a foto, sem permissão, de um homem que vestia uma bermuda e uma camiseta regata e fazer o comentário: "Aeroporto ou rodoviária?". Como se não bastasse, o reitor da UNIRIO (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), Luiz Pedro Jutuca, aproveitou a chance para se expressar acrescentando: "O 'glamour' foi para o espaço". Uma terceira pessoa, também professora da Puc-Rio, Daniela T. Vargas, conseguiu ir mais longe: "E sabe o que é pior? quando esse tipo de passageiro senta exatamente a seu lado e fica roçando o braço peludo no seu, porque - claro - não respeita (ou não cabe) nos limites do seu assento".

O ato em si é deplorável por si só, afinal não é uma roupa que define a pessoa ou quais lugares ela pode/deve frequentar ou não. Mas a situação piora pelo fato de uma professora, com o cargo e o conhecimento que tem, e um reitor, de uma universidade federal, julgar alguém pela aparência. Eles deveriam ser o exemplo de cidadão íntegro!

A repercussão nas redes sociais está crescendo, tanto que chegou no perfil da Dilma Bolada e até às 18h desta sexta-feira, dia 7, já havia mais de dez mil compartilhamentos. Tomando consciência da gafe que cometeu Rosa Marina fez um pedido de desculpas: "Sabedora do desconforto que posso ter criado com um post meu publicado ontem à noite, peço desculpas à pessoa retratada e a todos os que porventura tenham se sentido atingidos ou ofendidos pelo meu comentário. Absolutamente não foi essa a minha intenção".

O reitor Luiz Pedro fez o mesmo, pelo menos tentou através de nota: "O reitor da Unirio, professor Luiz Pedro San Gil Jutuca, lamenta a repercussão e a má interpretação de seu comentário em publicação da rede social Facebook, e garante que não pretendeu, em momento algum, manifestar-se de forma preconceituosa ou ofensiva. A intenção foi apenas se referir ao estado dos aeroportos no país, que não remete mais aos tempos passados, e não criticar qualquer pessoa ou comportamento. No entanto, o reitor reitera o pedido de desculpas àqueles que se sentiram ofendidos pelo comentário.".

Situações como essa só comprovam que o país, realmente, precisa reestruturar a educação por completo

, afinal esses docentes não são exemplos e não estão preparados para atuarem como tal.


*Definição: Professor ou docente é uma pessoa que ensina uma ciência, arte, técnica ou outro conhecimento. Para o exercício dessa profissão, requer-se qualificações acadêmicas e pedagógicas, para que consiga transmitir/ensinar a matéria de estudo da melhor forma possível ao aluno. É uma das profissões mais antigas e mais importantes, tendo em vista que as demais, na sua maioria, dependem dela. Já Platão, na sua obra 'A República', alertava para a importância do papel do professor na formação do cidadão.

*Fonte: Wikipédia