Nascido à rua Santa Rita, em 1944, Olavo Volpato é mais um
ituano que tem seu espaço reservado dentro da Câmara Municipal. Hoje, aos 70
anos, Olavo tem uma história rica na cidade.
Sua infância e adolescência estão ‘registradas’ na Vila
Cleto, fundada pelo seu avô, onde viveu até se casar. Seus estudos começaram no
Colégio do Patrocínio, mas pararam no 2º ano, afinal o colégio era para
mulheres e os homens podiam ficar somente até o segundo ano. De lá, foi para o
Cesário Mota, onde concluiu o primeiro grau, mas antes reprovou a 4ª série. O
segundo grau se deu no Instituto de Educação Regente Feijó aos 18 anos, pois
Olavo precisava trabalhar. Ele é graduado em Ciências Contábeis
e Administração de Empresas, voltado para Recursos Humanos (segmento no qual é
pós-graduado). Pela Faculdade de Direito de Itu (FADITU) se tornou bacharel em
direito, mas não exerce por conveniência.
Volpato foi um líder estudantil, que se comprovou na
formatura de 4ª série, cujo nome da turma levou seu nome, devido a organização
realizada. “Fui um líder mais pela minha idade do que por outros motivos”, diz
humildemente. À época, ele tinha dezoito anos, enquanto seus colegas tinham quatorze.
Por causa dessa liderança, o jovem despertou o interesse do candidato a
prefeito, Galileu Bicudo, que o convidou para ser vereador. Ferdinando de
Marco, presidente do Clube dos Comerciários, deu um empurrãzinho dizendo que
Olavo era um jovem promissor. Naquele tempo era difícil conseguir vaga para
vereador, pois era o dobro do número de cadeiras que cada legenda tinha, havia
três, segundo Volpato. Galileu só podia indicar dez vereadores e sete já
ocupavam as cadeiras. “Ele escolheu a mim e mais um, Lázaro Piunti. Nós
começamos juntos na política. Isso em 1969” .
Ao ser questionado sobre qual foi a sensação de ser
convidado, diretamente, pelo candidato, a fazer parte de sua equipe, nosso
entrevistado chega a se emocionar: “Eu gostei, pois ele (Galileu) era um líder
popular e eu um garoto pobre, que não tinha recurso nenhum, porém me
destacava”, lembra.
POLÍTICA
Antes
A política na década de 60 era bem diferente da atual.
Obviamente não havia tamanha tecnologia, os votos eram conquistados de porta em porta. Foi assim que
Olavo foi eleito vereador, se apresentando às pessoas, expondo suas ideias e
propostas.
Em 1969, por infortúnios políticos, Olavo Volpato se tornou
prefeito por dois anos. Os motivos se misturam entre cassação, intervenção e,
infelizmente, morte. No período em que estava prefeito, ele diz ter recebido
bastante apoio da população. “Fiz uma administração séria, voltada para a
educação e adquiri a confiança do povo”, afirma. Ao fim do mandato, quem
assumiu foi seu colega Piunti. Porém, quatro anos depois, o jovem que havia
coordenado a cidade aos 26 anos, voltou. E o fez com o dobro de votos de seu
antecessor.
Agora
Em relação à mudança de horário das sessões, o vereador é
contrário. Ele afirma que o importante é estimular a população a ir à Câmara.
“Um horário pode ser bom para este e ruim para aquele, cada um vai defender seu
interesse”.
Em relação sobre o que mudaria na Câmara, Olavo pontua: “A
casa precisa ser modernizada, entrar na era da informática para disponibilizar
a população tudo o que se passa. Os vereadores têm que pesquisar mais os
assuntos da cidade e acompanhar as legislações.
Logo acima, o vereador disse que é preciso atrair a
população às sessões. Perguntei como isso seria feito: “É difícil dizer, pois
as pessoas vêm quando tem um tema de seu interesse e não é um bolo, uma
barraquinha ou uma cerveja que vai atrair. Acho que estamos precisando
descobrir o que o povo quer. Mas acho que hoje, com a informática, as pessoas
vão ficar em casa. Elas
nem estão indo trabalhar mais, fazem o serviço a partir de suas casas”.
Olavo Volpato, além de vereador, é gerente administrativo da Porcher do Brasil, localizada à Avenida Caetano Ruggieri, 4153. Caso o leitor(a) queira falar com o Olavo (vereador) ou Olavo (da Porcher), pode utilizar esses meios: vereadorolavovolpato@camaraitu.sp.gov.br ou adm@porcher.com.br
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