A limpeza continua
Em ao menos cinco edições seguidas a revista Veja tratou,
incisivamente, sobre a operação Lava Jato que está desmantelando a rede de
corrupção dentro da maior empresa do Brasil, a Petrobras. Fez um trabalho com
propriedade, apontou todos os envolvidos, puxando seus passos e funções dentro
e fora da Petrobras, montou gráficos explicativos muito bem elucidados,
destacou emails enviados com os devidos destaques, além de descrever o caso em
si de forma clara.
A cada dia que a operação avança, novos nomes de envolvidos
aparecem e, também, valores desviados aumentam na proporção de bilhões. O
ex-gerente, Pedro Barusco, prometeu devolver nada mais que 100 milhões de
dólares, cerca de R$ 250 milhões. Detalhe, ele era apenas um gerente, imagine quanto
seus superiores devem ter desviado. No mensalão, tudo começou com um vídeo em que Maurício Marinho ,
chefe de um departamento dos Correios, embolsava R$ 3000,00. Já Roberto
Jefferson, delator do mensalão, recebeu R$ 4 milhões dos cofres mensaleiros. Tais
cifras se tornaram insignificantes perto do que já foi descoberto no ‘Petrolão’
e “são dignas de juizado de pequenas causas”, ironizou o ministro do STF,
Gilmar Mendes.
Até a última semana, na sétima fase da operação Lava Jato,
da Polícia Federal, vinte e cinco envolvidos já haviam sido presos, a maioria
grandes executivos da Petrobras. Onze já foram liberados após prestarem
depoimentos, mas estão impedidos de deixar o país. Os nomes daqueles que
continuam encarcerados e suas respectivas empresas e cargos podem ser vistos aqui.
A revista Veja também listou a artilharia de advogados dos
empreiteiros que estão entre os beneficiados do ‘propinoduto’. Todos
(empreiteiros) têm uma desculpa para tentar sair da ‘linha de tiro’, afinal,
dividir um cárcere de 6 m²
entre doze não deve ser muito agradável. Ainda mais para estes figurões que têm
mansões que chegam a bater os R$ 7,5 milhões.
Na época do mensalão dizia-se que o STF (Supremo Tibunal
Federal) nunca havia julgado um caso tão grande com tantos réus. A cena e as
palavras voltam a se repetir: “Nunca houve o julgamento de um caso de tamanha
proporção com tantos réus”. E esse número há de crescer!
A justiça parece estar fazendo seu trabalho, esperamos
que o continue e, realmente, puna todos os acusados, se assim forem
reconhecidos. Estamos acompanhando!
A maior empresa do País está às avessas |
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