sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Editorial

A palavra é incerteza


Não é novidade que o país passa por dificuldades na economia, afinal a inflação já ultrapassou o teto da meta, não há crescimento industrial relevante, cito a produção automotiva que caiu 16% de janeiro a outubro, além do possível racionamento de energia e da incerteza política. Fatos que deixam empresários intranquilos e o dólar instável.

O governo atual precisa passar segurança, não só para os investidores, mas também para indústrias e, claro, à população. Dessa forma vai estimular o crescimento interno, controlando a inflação. Obviamente que isso não acontecerá num passe de mágica. Tem de ser muito bem analisado através de uma equipe governamental rígida, unida, num mesmo foco. Cada integrante tem de passar confiança interna e externa, criando-se
assim, a sinergia adequada.

A escolha do próximo Ministro da Fazenda, por exemplo, terá importância ímpar. Três nomes são cotados: Henrique Meirelles (favorito), ex-presidente do Banco Central, Nelson Barbosa, ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda, visto como pró-mercado e Luiz Trabuco, presidente do Bradesco, visto com bons olhos por Dilma. Destes, confesso não saber qual é o melhor nome. Cada um afeta positivamente, à sua medida, a política econômica do país. A escolha vai definir o tom do "novo governo" de Dilma.

Outro ponto que traz preocupações é o da energia. Devido a estiagem deste ano as usinas térmicas foram utilizadas acima da média, custo que recairá sobre a conta de luz em 2015. Somado a isso está a possibilidade de racionamento elétrico caso o nível das hidrelétricas continue caindo. Uma das ações propostas por especialistas é a criação de um programa de consumo consciente da energia com direito a bônus, aos moldes do sistema utilizado pela Sabesp em relação a água.

São medidas que visam trazer um pouco de estabilidade ao país. Vamos torcer para que funcione.

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